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Carlos Drummond de Andrade

O poeta maior do Brasil, cuja obra capturou a perplexidade do homem moderno com ironia, melancolia e uma profunda sensibilidade social.

Carlos Drummond de Andrade foi um poeta, contista e cronista mineiro, considerado por muitos o mais influente poeta da literatura brasileira. Nascido em Itabira, cidade que se tornaria um símbolo recorrente de suas memórias e de seu sentimento de perda, ele se mudou para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como funcionário público por grande parte de sua vida. Sua figura discreta contrastava com a imensa força de sua produção poética, que o posicionou como uma das vozes centrais da segunda geração do Modernismo.


A obra de Drummond é vasta e multifacetada, refletindo as transformações do Brasil e do mundo ao longo do século XX. Seu estilo é marcado pelo verso livre, pela linguagem coloquial misturada a um rigor formal, e por um tom que oscila entre o humor irônico, o pessimismo e uma profunda empatia pelo sofrimento humano. Ele explorou o "sentimento do mundo", a solidão do indivíduo na cidade grande, a memória familiar, a crítica social e as grandes questões metafísicas, sempre com um olhar "gauche" (desajeitado, esquerdo), de quem se sente deslocado no tempo e no espaço.


Principais obras:


  • Alguma Poesia: O livro de estreia de Drummond, publicado em 1930, que o estabeleceu como uma das vozes mais originais do Modernismo. Aqui já estão presentes seus temas recorrentes: a reflexão sobre a infância em Itabira, o choque com a modernidade e o sentimento de desajuste no mundo. É nesta obra que se encontra o icônico poema "No meio do caminho", que com sua repetição de "tinha uma pedra" se tornou um símbolo da poesia modernista.


  • A Rosa do Povo: Publicado em 1945, este livro é considerado o ápice do engajamento social e político de Drummond. Escrito sob o impacto da Segunda Guerra Mundial e da ditadura do Estado Novo no Brasil, o poeta abandona o individualismo e assume uma voz coletiva, expressando sua solidariedade com os oprimidos e sua esperança (ainda que cética) em um futuro mais justo. É uma obra de grande fôlego, com poemas longos e uma linguagem que reflete as tensões de seu tempo.


  • Claro Enigma: Nesta coleção de 1951, Drummond promove uma mudança em sua poesia, adotando uma postura mais clássica, filosófica e metafísica. Os poemas são mais contidos, muitas vezes em formas tradicionais como o soneto, e exploram temas atemporais como o amor, a passagem do tempo, a morte e a busca pelo sentido da existência. Representa a fase mais madura e depurada de sua produção, onde o poeta se volta para as "coisas últimas".

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